Entendendo a Ansiedade

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da população.

O Que é Ansiedade?

Primeiramente, é importante entender que ansiedade nem sempre é uma vilã. Ela inclusive é importante para nossas vidas e tem implicações positivas na história evolutiva do ser humano. Então, o que de fato é ansiedade e quando ela vira um transtorno, um problema? 

A ansiedade é uma resposta natural do corpo a situações de estresse e perigo.Enquanto o medo e ansiedade normal relaciona-se a um perigo iminente, a ansiedade patológica está relacionada a eventos futuros possíveis, meras hipóteses, gerando sensação de medo, preocupação e apreensão sobre esses eventos futuros ou situações incertas.

Embora a ansiedade em níveis moderados possa ser benéfica, preparando o corpo para enfrentar desafios, a ansiedade crônica ou excessiva pode prejudicar a saúde física e mental.

Qual a Diferença Entre Ansiedade Normal e Ansiedade Patológica?

A ansiedade normal nos ajuda a nos preparar melhor para eventos importantes, como entrevistas de emprego ou exames, sendo temporária e desaparecendo após o evento. No entanto, quando a ansiedade é patológica, se torna excessiva e persistente, interferindo nas atividades diárias e no bem-estar geral, ela se torna patológica, caracterizada por preocupações constantes e desproporcionais que podem impactar significativamente a vida de uma pessoa. 

Evolutivamente, a ansiedade nos ajudava a sobreviver aos perigos imediatos, mas o estresse contínuo e a pressão constante no mundo moderno podem tornar essa resposta disfuncional. A qualidade de vida deve ser o foco principal ao lidar com a ansiedade, pois a forma patológica pode afetar profundamente nossas relações, desempenho no trabalho e saúde mental e física, sendo fundamental procurar ajuda quando a ansiedade interfere negativamente no cotidiano, visando restaurar o equilíbrio e melhorar a funcionalidade e bem-estar geral.

Resumindo, a ansiedade se torna um “transtorno” quando passa a afetar nossa funcionalidade, nossa qualidade de vida e nossas relações, seja com pessoas, com trabalho ou estudos.

Quais São os Sintomas de Ansiedade?

Os sintomas de ansiedade podem variar AMPLAMENTE, mas geralmente incluem sintomas que podem ser físicos, se expressando no corpo, mas também no pensamento, psicológicos, assim como expressar em mudanças no nosso comportamento, como irritabilidade:

• Físicos: Taquicardia, sudorese, tremores, tensão muscular, fadiga, náusea, tontura.
• Psicológicos: Preocupação excessiva, medo constante, irritabilidade, dificuldade de concentração, sensação de perigo iminente.
• Comportamentais: Evitação de situações sociais ou estressantes, inquietação, necessidade de tranquilização constante. 
• Irritabilidade: irritação fora do habitual, muitas vezes com comportamentos como maior agressividade verbal, ou instabilidade de sentimentos.

Qual o Tratamento Para Ansiedade?

O tratamento para ansiedade é multifacetado e pode incluir uma combinação de terapia, seja medicamentosa, seja psicoterapias.

1. Tratamento medicamentoso para ansiedade:

Diversos medicamentos podem ser utilizados para tratar a ansiedade, dependendo do tipo e da severidade dos sintomas, a identificação cautelosa da história, assim como a medicação acertada faz toda diferença:

• Antidepressivos
• Ansiolíticos
• Beta-bloqueadores
• Pregabalina

2. Psicoterapias:

• Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT): Foca em aceitar pensamentos e sentimentos ansiosos e se comprometer com ações alinhadas com os valores pessoais, mesmo na presença de ansiedade.

Toda Pessoa Ansiosa Precisa de Medicação?

Nem toda pessoa ansiosa precisa de medicação. O tratamento da ansiedade depende da gravidade dos sintomas e do impacto na qualidade de vida do indivíduo. Para muitos, abordagens não farmacológicas como terapia cognitivo-comportamental (TCC), técnicas de relaxamento, exercícios físicos regulares e mudanças no estilo de vida podem ser suficientes para gerenciar os sintomas.

No entanto, em casos de ansiedade severa ou quando outras formas de tratamento não são eficazes, a medicação pode ser recomendada como parte de um plano de tratamento abrangente. É importante que cada caso seja avaliado individualmente por um profissional de saúde psiquiatra, qualificado, cuidado e com uma forma abrangente de entender o seu paciente e determinar, assim, o plano terapêutico individualizado com a ou as abordagens mais adequadas.

Quais São as Causas da Ansiedade?

A ansiedade pode resultar de uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. Algumas causas comuns incluem:

• Genética: Ter um histórico familiar de transtornos de ansiedade pode aumentar o risco de desenvolver ansiedade.
• Química Cerebral: Desequilíbrios nos neurotransmissores, como serotonina e dopamina, podem contribuir para a ansiedade.
• Experiências de Vida: Eventos traumáticos, estresse crônico, abuso ou negligência na infância podem desencadear ansiedade.
• Personalidade: Pessoas com certos traços de personalidade, como perfeccionismo, timidez, ou alta sensibilidade ao estresse, podem ser mais propensas a desenvolver ansiedade.

Como Descobrir se Você tem Ansiedade?

Para diagnosticar a ansiedade, é importante procurar a orientação de um profissional de saúde mental. O processo de diagnóstico por parte do Médico Psiquiatra pode incluir:

• Entrevista Clínica: Um psiquiatra ou psicólogo realizará uma entrevista detalhada para entender seus sintomas e histórico médico.
• Questionários e Escalas de Avaliação: Ferramentas padronizadas, como o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) ou a Escala de Ansiedade de Hamilton (HAM-A), podem ajudar a avaliar a gravidade da ansiedade.
• Exames Físicos: Para descartar outras condições médicas que possam causar sintomas semelhantes, como problemas de tireoide ou doenças cardíacas.

Qual é o Médico Especialista em Ansiedade?

O médico especialista em ansiedade é o médico psiquiatra.

Dr Rafael Rocha Luzini é médico Psiquiatra, Professor de Psiquiatria da Universidade Federal de Goiás, onde graduou-se em Medicina. Se especializou em psiquiatria no serviço de residência em Psiquiatria referência no País – Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além disso, trabalha com Psiquiatria Psicodinâmica – uma forma completa e abrangente e humana de enxergar a psiquiatria e seus pacientes. É Neurocientista do Comportamento, Psicoterapeuta de Orientação Analítica, Psicoterapeuta em TCC e Psicoterapeuta em Terapia do Esquema. Transtornos ansiosos podem ser iguais, mas cada ser humano é único, assim como o ser humano com ansiedade. A intenção não é cuidar só dos seus sintomas ansiosos, mas de você. 

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Para agendar uma consulta com um bom especialista é importante saber quais são as opiniões de outros pacientes que consultaram com o médico. Por isso, o site Doctoralia é excelente para você ver avaliações sobre seu médico. 

Rafael Rocha Luzini – Doctoralia.com.br

Ansiedade é Perigosa?

Se não tratada, a ansiedade pode ter consequências significativas para a saúde física e mental. Alguns riscos incluem:

• Problemas de Saúde Mental: A ansiedade crônica pode estar relacionada a depressão, transtornos do sono e abuso de substâncias, ou outros problemas atuais e futuros 
• Problemas Físicos: A ansiedade pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, problemas digestivos e enfraquecimento do sistema imunológico.
• Impacto na Qualidade de Vida: A ansiedade pode interferir nas atividades diárias, relacionamentos, desempenho no trabalho e qualidade de vida geral.

5 Mudanças Simples no Estilo de Vida Para Prevenir a Ansiedade

1. Exercício Regular: A atividade física regular ajuda a liberar endorfinas, que melhoram o humor e reduzem o estresse. Tente incorporar pelo menos 30 minutos de exercício moderado na sua rotina diária.
2. Dieta Saudável: Uma dieta equilibrada rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais pode melhorar a saúde mental. Evite o excesso de cafeína e açúcar.
3. Sono Adequado: Garantir um sono de qualidade é crucial para o bem-estar mental. Tente manter uma rotina de sono regular e dormir pelo menos 7-8 horas por noite.
4. Gerenciamento do Estresse: Técnicas de relaxamento, como meditação, ioga, respiração profunda e mindfulness, podem ajudar a reduzir os níveis de ansiedade.
5. Conexões Sociais: Manter relacionamentos saudáveis e fortes redes de apoio pode fornecer suporte emocional e reduzir sentimentos de isolamento e ansiedade.

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Rafael Rocha Luzini – Doctoralia.com.br