Dr Rafael Rocha Luzini

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o Brasil é um dos países com maior número de pessoas com depressão: 5,8% da população.

O Que é Depressão?

A depressão é um distúrbio mental comum, mas sério, que afeta negativamente como você se sente, tanto sua físico como sua maneira de pensar. Digamos que temos que ser gratos pelo coração que bate, mas lembremos que quem comanda tudo que fazemos, controlando ou não é nosso cérebro. Essa “máquina” que apresenta cerca de 86 bilhões de neurônios, trabalhando uma vida toda a todo vapor…

Agora imagina a frase que “depressão” não existe, que é fraqueza ou que é “frescura”. Além de totalmente errada, não faz nenhum sentido lógico-biológico.

A verdade é que depressão não só existe como atualmente é

A depressão é um transtorno que afeta a maneira como você pensa e como você age. A depressão PODE causar sentimentos de tristeza, mas não somente isso, ou melhor, às vezes, é sobre não sentir nada acompanhado de uma perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas para ti. Ela pode levar a uma variedade de problemas emocionais e físicos e pode diminuir a capacidade da pessoa de funcionar no trabalho, nos esrudos, em casa, com a família ou amigos.

sintomas depressão

Qual o Médico Especialista em Depressão?

O médico especialista em depressão é o médico psiquiatra.

Dr. Rafael Rocha Luzini é médico psiquiatra, professor de Psiquiatria da Universidade Federal de Goiás, onde graduou-se em Medicina. Se especializou em psiquiatria no serviço de residência em Psiquiatria referência no país – Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além disso, trabalha com Psiquiatria Psicodinâmica – uma forma completa, abrangente e humana de enxergar a psiquiatria e seus pacientes. É neurocientista do comportamento, psicoterapeuta de orientação analítica, psicoterapeuta em TCC e psicoterapeuta em Terapia do Esquema. Transtornos depressivos podem ser semelhantes, mas cada ser humano é único, assim como o ser humano com depressão. A intenção não é cuidar só dos seus sintomas depressivos, mas de você.

Além de sair totalmente esclarecido, sairá sabendo que será acompanhado de perto, entendendo detalhe do detalhe de todo tratamento individualizado proposto e bilateralmente acertado. Afinal, já era os tempos onde paciente entrava, falava e saia com uma prescrição. Isso não é tratar.

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Para agendar uma consulta com um bom especialista é importante saber quais são as opiniões de outros pacientes que consultaram com o médico. Por isso, o site Doctoralia é excelente para você ver avaliações sobre seu médico. 

Rafael Rocha Luzini – Doctoralia.com.br

Qual a Diferença Entre Tristeza e Depressão Patológica?

Sentir-se triste ou desanimado de vez em quando é uma parte normal da vida, mas quando emoções como desesperança e desamparo tomam conta e não vão embora, você pode estar com depressão. A tristeza é uma resposta humana normal a eventos difíceis da vida, mas quando ela é intensa, dura por longos períodos de tempo, e interfere na sua vida diária, pode ser um sinal de depressão.

Evolutivamente, a tristeza nos ajudava a processar perdas e frustrações, mas o estresse contínuo e a pressão constante no mundo moderno podem tornar essa resposta disfuncional. A qualidade de vida deve ser o foco principal ao lidar com a depressão, pois ela pode afetar profundamente nossas relações, desempenho no trabalho e saúde mental e física, sendo fundamental procurar ajuda quando a depressão interfere negativamente no cotidiano, visando restaurar o equilíbrio, homeostase do organismo e melhorar a funcionalidade e bem-estar geral.

Resumindo, a depressão se torna um “transtorno” quando passa a afetar nossa funcionalidade, nossa qualidade de vida e nossas relações, seja com pessoas, com trabalho ou estudos.

Quais São os Sintomas da Depressão?

Os sintomas de depressão podem variar amplamente, não existindo apenas uma manifestação, existindo quadros inclusive em que o sintoma mais evidente é irritação e baixa tolerância a frustrações. Mas geralmente essa síndrome inclui sintomas:

  • Físicos: Fadiga, alterações no apetite (para mais ou para menos), alterações no sono (para mais ou para menos, dores físicas sem causa aparente, fadiga, fraqueza física e/ou desânimo.
  • Psicológicos: Sentimentos de tristeza persistente, falta da capacidade de sentir, sentimentos de vazio, desesperança, irritabilidade, dificuldade de concentração, de atenção e ocasionalmente pode apresentar pensamentos de morte ou suicídio.
  • Comportamentais: Perda de interesse em atividades antes prazerosas, isolamento social seguida de sofimento e/ou culpa, redução no desempenho no trabalho ou escola.

Qual o Tratamento Para Depressão?

O tratamento para depressão é multifacetado e pode incluir uma combinação de terapia medicamentosa e psicoterapias.

  1. Tratamento medicamentoso para depressão: Diversos medicamentos podem ser utilizados para tratar a depressão, dependendo do tipo e da severidade dos sintomas:
    • Antidepressivos (principais grupos de fármacos)
    • Estabilizadores de humor (associados a antidepressivos a fim de melhorar sua eficácia ou isolados, se a depressão fizer parte, na verdade, de outro quadro clínico chamado de Transtorno Afetivo Bipolar)
    • Antipsicóticos em casos específicos (muitas vezes usado como adjuvante combinado para melhorar eficácia dos Antidepressivos)
  2. Psicoterapias:
    • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ajuda a identificar e modificar pensamentos e comportamentos negativos. A TCC é altamente eficaz no tratamento de vários transtornos depressivos.
    • Terapia Interpessoal: Foca em melhorar os relacionamentos e a comunicação com os outros.
    • Terapia Psicodinâmica: Explora padrões de comportamento e sentimentos não resolvidos para aliviar os sintomas.
    • Terapias Complementares: Técnicas como meditação, mindfulness, ioga e biofeedback podem ajudar a reduzir os níveis de depressão.
depressão tratamento

Vou Ficar Dependente de Remédio?

Uma preocupação comum entre os pacientes é a dependência de medicamentos. Os antidepressivos, ao contrário dos ansiolíticos (medicamentos terminados em “pam”), não causam dependência. Isso é um mito e um tabú a ser quebrado e esclarecido por seu médico no momento da consulta. Ainda assim, é crucial salientar que é preciso seguir as orientações médicas e nunca interromper o uso dos medicamentos abruptamente sem consultar um seu psiquiatra.

O objetivo dos medicamentos é estabilizar os sintomas e permitir que o paciente participe mais efetivamente de outras formas de tratamento, como a psicoterapia. Gosto de lembrar que medicamentos é só um dos pilares do tratamento, QUANDO são indicados. Afinal, diferente do que muitos pensam, às vezes não se trata de um caso necessário do uso de medicações. Ainda assim, quando é indicado, muitas vezes o uso de medicamentos é temporário e pode ser gradualmente reduzido conforme a melhora dos sintomas.

Atualmente, está cada vez mais comum o “luxo” ser não falar “não uso nem preciso de medicação nenhuma” mas sim poder desfrutar de uma qualidade de vida.

Quanto Tempo Dura o Tratamento?

A duração do tratamento da depressão varia de pessoa para pessoa, dependendo da gravidade dos sintomas e da resposta ao tratamento. Em geral, o tratamento medicamentoso pode durar de seis meses a dois ano, após a remissão dos sintomas, para prevenir recaídas. A psicoterapia pode continuar por um período mais longo, dependendo das necessidades individuais do paciente. É importante manter um acompanhamento regular com o psiquiatra e ajustar o tratamento conforme necessário.

Quais São as Causas da Depressão?

A depressão pode resultar de uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. Algumas causas comuns incluem:

  • Genética: Ter um histórico familiar de transtornos depressivos pode aumentar o risco de desenvolver depressão.
  • Química Cerebral: Desequilíbrios nos neurotransmissores, como serotonina e dopamina, podem contribuir para a depressão.
  • Experiências de Vida: Eventos traumáticos, estresse crônico, abuso ou negligência na infância podem desencadear depressão.
  • Personalidade: Pessoas com certos traços de personalidade, como perfeccionismo, pessimismo, ou alta sensibilidade ao estresse, podem ser mais propensas a desenvolver depressão.

Como Descobrir se Você tem Depressão?

Para diagnosticar a depressão, é importante procurar a orientação de um médico psiquiatra. O processo de diagnóstico pode incluir:

  • Entrevista Clínica: Um psiquiatra ou psicólogo realizará uma entrevista detalhada para entender seus sintomas e histórico médico e história de vida.
  • Questionários e Escalas de Avaliação: Ferramentas padronizadas, como o Inventário de Depressão de Beck (BDI) ou a Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D), podem ajudar a avaliar a gravidade da depressão.
  • Exames Físicos: Para descartar outras condições médicas que possam causar sintomas semelhantes, como problemas de tireoide ou deficiências nutricionais. Cabe salientar o que sempre falo: “O psiquiatra nunca deve esquecer que é médico, e o médico nunca esquecer que é um ser humano”.

Depressão é Perigosa?

Se não tratada, a depressão pode ter consequências significativas para a saúde física e mental. Alguns riscos incluem:

  • Cronificação dos sintomas: Cada episódio depressivo aumenta exponencialmente a chance de um próximo.
  • Problemas de Saúde Mental: A depressão crônica pode estar relacionada a transtornos de ansiedade, transtornos do sono e abuso de substâncias.
  • Problemas Físicos: A depressão pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, problemas digestivos e enfraquecimento do sistema imunológico.
  • Impacto na Qualidade de Vida: A depressão pode interferir nas atividades diárias, relacionamentos, desempenho no trabalho e qualidade de vida geral.
depressão não é frescura

5 Mudanças Simples no Estilo de Vida Para Prevenir a Depressão

  1. Exercício Regular: A atividade física regular ajuda a liberar endorfinas, que melhoram o humor e reduzem o estresse. Tente incorporar pelo menos 30 minutos de exercício moderado na sua rotina diária.
  2. Dieta Saudável: Uma dieta equilibrada rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais pode melhorar a saúde mental. Evite o excesso de cafeína e açúcar.
  3. Sono Adequado: Garantir um sono de qualidade é crucial para o bem-estar mental. Tente manter uma rotina de sono regular e dormir pelo menos 7-8 horas por noite.
  4. Gerenciamento do Estresse: Técnicas de relaxamento, como meditação, ioga, respiração profunda e mindfulness, podem ajudar a reduzir os níveis de depressão.
  5. Conexões Sociais: Manter relacionamentos saudáveis e fortes redes de apoio pode fornecer suporte emocional e reduzir sentimentos de isolamento e depressão.

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  2. Entendendo a Psiquiatria
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